Licenciatura Indígena

Atividade de formação com anciãos e lideranças indígenas, realizada em 2023. (Foto: Divulgação)

Criado em 2010, o curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica tem como objetivo formar e habilitar professores(as)-pesquisadores(as) Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng em Licenciatura e no ensino superior, numa perpectiva intercultural e interdisciplinar, visando os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio de escolas indígenas. Ao mesmo tempo que podem lecionar, as pessoas licenciadas pelo curso podem desenvolver ações para além da esfera escolar, atuando em projetos, pesquisas e atividades ligadas diretamente às sua comunidades e também no âmbito acadêmico-técnico-científico dos níveis mais especializados, como a pós-graduação.

O eixo norteador do curso é centrado em territórios indígenas, questão fundiária e ambiental no bioma da Mata Atlântica. O curso oferece formação em diversas terminalidades, como a Licenciatura da Infância, que possibilita formação inicial comum para a docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental; Licenciatura das Linguagens, com ênfase em Línguas Indígenas; Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas; Licenciatura do Conhecimento Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental.

O curso destina-se a povos indígenas que vivem na parte meridional do Bioma Mata Atlântica: Guarani (ES, RJ, SP, PR, SC, RS e MS), Kaingang (SP, PR, SC, RS) e Xokleng/Laklãnõ (SC).

Regime do Curso

O curso está estruturado na forma presencial em espaços e tempos que buscam promover a integração e a articulação entre as instituições educativas responsáveis pela formação e as realidades étnicas. Metodologicamente pressupõe a instituição da pedagogia da alternância, que viabiliza a alternação entre Tempo Universidade e Tempo-Comunidade.

Durante o Tempo Universidade (TU), estudantes frequentam aulas no campus da UFSC em Florianópolis, e/ou nas escolas em Terras Indígenas ou o mais próximo delas, a depender de possibilidades e viabilidades acordadas entre turmas, comunidades indígenas e a coordenação. Caracteriza-se por etapas intensivas de duas a três semanas, a depender da carga horária das disciplinas no semestre.

Durante o Tempo Comunidade (TC) ocorrem os estudos orientados, projetos de pesquisa e de intervenção comunitária. Com carga horária menor, ocorre entre uma etapa presencial e outra. No Tempo Comunidade, a participação de sábios indígenas é um importante recurso para a aprendizagem. O TC ocorre com a supervisão de professores do curso.

https://licenciaturaindigena.ufsc.br/

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